Descrição do episódio 08:
Por mais que reclamemos e até amaldiçoemos esses tempos pandêmicos que estamos vivendo, uma coisa é certa: é uma experiência marcante, angustiante é certo, mas que nos enseja uma série de reflexão. Uma delas é como as pandemias, epidemias e surtos de doenças são narrados pelos meios de comunicação. Quando falamos em narrativas escritas, a abordagem fica restrita aos tempos pós-gutemberguianos, ou seja, aos períodos moderno e contemporâneo. Em se tratando do Cariri cearense, espaço localizado no extremo meridional do estado, essas narrativas se limitam ao período posterior à segunda metade do século XIX, quando a imprensa é fundada na região. Bem vindas e bem vindos ao Pod-Questionar. Um PodCast voltado aos conteúdos históricos e temas afins, um projeto ligado ao Laboratório de Pesquisas em História Cultural - LAPEHC, do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri - URCA. Eu sou Túlio Henrique Pereira e, dando sequência à série “Vozes da Quarentena”, que traz reflexões com historiadoras e historiadores sobre esse grave momento atual, iremos abordar o tema “narrativas sobre epidemias no Cariri cearense”. Para conversar conosco, o professor e historiador Carlos Rafael Dias, do Departamento de História da URCA, que vai tratar de epidemias que grassaram por essas bandas do Ceará e como elas foram narradas, notadamente, pela imprensa escrita regional.
Ficha técnica: Coordenação Geral: Sônia Meneses Apresentação: Túlio Henrique Pereira Roteiro: Carlos Rafael Dias Edição de Áudio: Lucas Chaves Divulgação: Laís Shauanny Apoio: Valéria Rélvia
Descrição do episódio 09:
Nesse ano de 2020 a humanidade foi assombrada pela epidemia de Covid-19 que a essa altura, passados 4 meses do reconhecimento de seu status epidêmico pela OMS, já são quase 700 mil mortes no mundo no Brasil estamos preste de atingir a triste cifra de 90 mil mortos. Mas essa não foi a única pandemia da era moderna a assombrar a humanidade, entre 1918 e1919 o mundo vivenciou a primeira pandemia dessa era.
O vírus da influenza, que ficou conhecido como “gripe espanhola” ou “bailarina”, teve seus primeiros casos nos Estados Unidos no começo de 1918 e em setembro daquele ano já havia se espalhado por todos os países. No Brasil, a “Bailarina” chegou abordo do navio “Demerara”, procedente da Europa (Liverpool e Lisboa), atracando no porto de Recife - PE em 09 de setembro deixando 72 passageiros. Alguns infectados pelo vírus passaram ainda por Salvador, chegando ao Rio de Janeiro dia 16 do mesmo mês. Além dessas três capitais, o vírus se espalhou pelos demais estados do Brasil tirando a população para uma dança macabra entre setembro de 1918 e fevereiro de 1919 com a infecção de milhões de brasileiros, causando a morte de mais de 30 mil pessoas. No Cariri cearense, a “bailarina” chegou de trem para promover seu espetáculo lúgubre em 08 de outubro e durante os três meses seguintes, ceifando a vida de mais de 1.500 carirenses. Foram dias de dor, sofrimento e muitas perdas. Em dezembro de 1918, chegou-se à média de 20 sepultamentos diários, atingindo somente num dia (23/12) a marca de 46 enterros. Bem vindas e bem vindos ao Pod-Questionar. Um PodCast voltado aos conteúdos históricos e temas afins, um projeto ligado ao Laboratório de Pesquisas em História Cultural-Lapehc, do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri-URCA, eu sou Egberto Melo e estamos finalizando a série “Vozes da Quarentena” como o segundo episódio especial que trata das pandemias. O tema de hoje é:
A “bailarina” faz no Cariri um espetáculo macabro – a gripe espanhola no Cariri cearense
com a historiadora e professora Fátima Pinho da Universidade Regional do Cariri. Ficha Técnica: Coordenação: Sônia Meneses Apresentação: Egberto Melo Roteiro e entrevista: Fátima Pinho Edição de Áudio: Lucas Chaves Mídias e divulgação: Lais Shauanny Apoio: Valéria Rélvia
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